"Seu nome era Red Sonja. Ela viveu em um mundo selvagem, numa era de violência... Uma feroz guerreira com seus cabelos flamejantes. No reino Hyborian sua jornada por justiça e vingança se tornou uma lenda. Foi assim que a lenda começou."
Em 1985, depois do sucesso de Conan, O bárbaro e Conan, o destruidor, resolveram pegar embalo no sucesso do cimério e adaptar a guerreira do mesmo universo hiboriano, Red Sonja. Mas claro, que picaretagem é pouca, chamaram o Arnold Schwarzenegger para participar do filme, mas não como Conan, apesar da capa parecer mostrar o contrário (acabei com seus sonhos de assistir o filme).
O filme conta a história de uma moça, Red Sonja (Brigitte Nielsen, a esposa do Ivan Drago em Rocky IV) que ao negar se tornar companheira da Rainha Gedren de Berkubane (sim, a rainha era lésbica), tem sua família morta, a casa destruída e o corpo violentado. Quando está quase morrendo um espírito aparece e lhe concede força para buscar a vingança.
Depois de sua experiência nada agradável, Sonja começa a treinar para buscar sua vingança. Ao mesmo tempo a Rainha Gendren (Donna Osterbuhr) com seu exército invade um templo que está sob os cuidados apenas de mulheres. Tal templo guarda um talismã que tem o poder de destruir o mundo em mãos erradas.
A guardiã do templo acaba sendo resgatada por Kaliban (Arnold Schwarzenegger), que a primeira vista parece mais o Conan. Tal guardiã é irmã de Red Sonja. Dai você já imagina o resto: Sonja fica com sangue nos olhos e vai atrás de baixar o cacete na Rainha Gendren.
Seguindo a premissa quase que padrão para os filmes de Espada e Feitiçaria, ou seja, levar umas peia, se aventurar e finalmente conquistar a sua vingança, o filme falha em vários pontos.
Comecemos pelas péssimas atuações, que de tal ruins, recebeu 3 indicações ao Framboesa de Ouro e ganhou 1. O próprio Schwarzenegger brinca dizendo que foi o pior filme que ele atuou e obriga os filhos a assistirem o filme quando aprontam alguma coisa.
"Eu não preciso da ajuda de alguém", pelo menos é o que a heroína diz, apesar de não passar de tolas palavras de mais uma donzela. E é justamente esse um dos principais problemas, os personagens secundários e a caracterização dos cenários parecem ser mais interessante do que a protagonista e isso faz com que a mesma perca todo o carisma badass inicialmente apresentado. O negócio é tão triste que aqui no Brasil o filme foi lançado com o título "Guerreiros do Fogo" (já desviando um pouco o foco na Red Sonja), pior ainda foi em Portugal que teve seu título alterado para "Kalidor, a Lenda do Talismã". Por tais motivos o interesse pela heroína é perdido e por seu filme, por tabela, também.
Nota: 5/10